Viver orientado pela imagem do ego é confusão, é um ego contra o outros egos
dentro de uma só pessoa . Apegado ao ego estamos constantemente lutando,
tremendo de medo, contra a morte, contra a doença, contra a vida, contra a
existência. Queremos que as coisas sejam conforme nossos desejos pessoais. Daí
vem a falta de amor próprio, vem o ódio, o ciúme, a ambição, vem a intolerância...
Somente quando entendemos que o ego é uma imagem, é uma
identificação passageira e ilusória criada dentro do campo espiritual, é que ele (o ego) e todas as suas
angústias desaparecem e, só permanecem a nossa natureza verdadeira – a Consciência
eterna e unitária. Por causa disso podemos praticar a compaixão porque somos
uma só consciência que se manifesta em várias medidas.
Quando sabemos quem somos, quando, pela experiência descobrimos
que somos a consciência unitária, chamada pelo filósofo Hegel de “consciência absoluta”, passamos a ser
compassivo, passamos a ter uma coragem profunda.
Não se passa diretamente para uma consciência oceânica. Primeiro
é preciso o fortalecimento do ego para depois, vendo sua inutilidade, largá-lo,
fazê-lo desaparecer no oceano do espírito Universal, Ser Deus.