Com 24 dias de greve, de
manifestações, surgem algumas lições. As duas diretorias, a do SINTEAC e a do
SIMPLAC fazem o papel de agentes políticos e ideológicos a favor do governo e
contra a classe dos trabalhadores em educação. São verdadeiros inimigos dos
trabalhadores disfarçados de líderes sindicais.
E paralelamente aos falsos
sindicalistas, instalados nos postos políticos estão os governistas que outrora
eram sindicalistas radicais.
É bom duvidar da maioria dos
revolucionários, porque ao chegar ao poder não põem em prática suas utopias e
se transformam em contra-revolucionários, em conservadores.
Os políticos do PT que estão no poder
do país, do estado e da capital, hoje; ontem eram grevistas, revolucionários,
eles eram oposição aos que estavam no governo.
A grande maioria dos grevistas e
opositores do PSDB, PMDB e sem partidos, de hoje; amanhã, ao chegar ao poder, serão
reacionários, serão conservadores e contra os trabalhadores.
Essa metamorfose ocorre porque o
poder corrompe. Porque há um sistema social maior que encanta e engole o
indivíduo desejoso de poder, dinheiro, sexo, e prestígio.
É preciso um equilíbrio e um grau de
consciência, rara entre os homens e as mulheres.
Essa consciência está brotando no
interior das pessoas que participam com rebeldia das manifestações.
Vivemos uma época em que o espírito
não aceita mais injustiça. O cidadão quer liberdade plena. As pessoas estão se
rebelando, estão mudando a si próprio e sendo espelho para os outros, isso
contagia. É a mudança para o indivíduo que não aceita mais as liderança dos
outros, ela, a pessoa, é líder de si mesma.
As manifestações hoje é um espírito
de uma época.
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