Somos um só

domingo, 8 de janeiro de 2012

Dialética

      Podemos até agir duramente ou mansamente, mas nunca perder o principal, o meio, o centro dos extremos - a harmonia oculta. Não podemos nunca perder a consciência, o estado de alerta. Pois os opostos são complementares, são um só, um mesmo ser com intensidades e medidas diversas. Os graus do ser, o mundo,  nos dá  impressão de seres separados, mas isso é só na aparência, pois quando observamos mais profundamente o que vemos é uma unidade básica, oculta, inseparável, que os sábios chamam de Deus, Tao, espírito, existência, é o nosso verdadeiro ser, o Eu interior.
      Todos os seres do mundo são mutáveis. A mutabilidade é uma característica da realidade, por isso, os fenômenos aparecem antagônicos, início ou fim, guerra ou paz, vida ou morte, bem ou mal. Os opostos são apenas aparências, na verdade eles não são isolados.  É como se fossem uma roda que gira tendo como eixo a mesma realidade  e nas  formas as intensidades, um momento o inverno, outro o verão; o dia, depois a noite; a sede, depois a saciedade; o amor, depois o ódio. Os dois lados de uma mesma moeda.
       A única coisa que nunca muda é a mudança. Por isso, dizer que um ser é, não é correto, ele é um vir-a-ser. 
     Heráclito diz: "O homem não se banha duas vezes no mesmo rio". Porque o homem sempre muda e o rio também e, na segunda vez que o homem vai ao rio, eles não são os mesmos.
      A realidade é dinâmica, mas não podemos esquecer do principal, do equilíbrio, que Heráclito chama de Logos.
    

2 comentários:

  1. amigo Élito farias,
    gostei dessas idéias, penso tambémque a natureza seja assim.
    parabéns.

    Patrícia

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    1. Amiga Patrícia.
      Suas considerações são de extremo valor.

      Grato,

      Élito

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